É sobre seguir adiante, nada mais

Nesses 13 anos eu sempre soube que teria que lutar contra mim mesma para conseguir seguir em frente sem você. Não tem um dia sequer em que a culpa não me assombre. E se…? E por que? E de que vai adiantar perguntar?

Aprendi a conviver e fazer as pazes comigo mesma todos os dias desde aquele 5 de setembro de 2009. Ainda assim, confesso que me incomoda a total normalidade ao meu redor, o que torna, de certa maneira, mais fácil fazer com que a dor das feridas que essa data insiste em reabrir passe desapercebida. E assim, ano a ano, vou encontrando novas formas de lidar com a sensação constante de solidão que esse vazio me causa e domar essa tristeza tão particular, tão minha.

Seus irmãos, ainda que não tenham consciência disso, parecem saber exatamente quando é hora de me trazer de volta para a superfície quando começo a me afogar dentro de mim mesma. Guga hoje quebrou o silêncio dos meus pensamentos mais profundos para contar que tirou vários 10 na avaliação dos cadernos da escola, Bela emendou querendo saber quando uma amiga pode vir dormir aqui em casa. É a vida que não para.

Te amo. Tenho saudades de você e da mãe que eu desejei ser para você no tempo que tivemos juntas. Mas sigo tentando ser a melhor versão de mim mesma graças a você, por você e pelos seus irmãos.

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